Primo é suspeito de matar bebê com tiro no rosto em Tarauacá: ‘ouviu voz mandando matar’, diz delegado

17.08.2019 16:03 Por REDAÇÃO ONLINE

Primo adolescente de Meline Ramalho teria ouvido uma voz mandando matar a criança. Caso ocorreu na zona rural de Tarauacá, interior do Acre.

Por G1


Bebê é morta com tiro no rosto no AC e primo é suspeito: ‘ouviu voz mandando matar’, diz delegado — Foto: Divulgação/Google Street View

Bebê é morta com tiro no rosto no AC e primo é suspeito: ‘ouviu voz mandando matar’, diz delegado — Foto: Divulgação/Google Street View

Uma bebê de 1 ano foi morta com um tiro de espingarda no rosto em uma comunidade da zona rural de Tarauacá, interior do Acre. Segundo a polícia, o principal suspeito do crime é um primo adolescente da menina.

O crime ocorreu no último dia 13, mas a polícia só foi informada no dia seguinte. Nesta sexta-feira (16), o delegado responsável pelo caso, Valdinei Soares, ouviu os pais de Meline Ramalho.

Em depoimento, os pais contaram que o sobrinho teria ouvido a voz de um homem encapuzado mandando matar a criança. A polícia não soube precisar a idade do suspeito, mas ele deve ter entre 12 a 14 anos.

“Pelo o que os pais da criança falaram, não foi tiro acidental. Os pais comentam que o adolescente ouviu uma voz, viu um homem preto encapuzado dizendo para ele que tinha que matar a criança porque ela não merecia viver. A voz ficava falando no ouvido dele que tinha que matar a criança”, relatou.

O adolescente continua na comunidade e deve ser ouvido na próxima semana pela Polícia Civil. O G1 não conseguiu contato com os pais da criança e nem do adolescente por conta da comunidade ser distante e de difícil acesso no interior do estado.

Crime

Na hora do disparo, a mãe falou que não estava na casa, tinha ido buscar água em um cacimba. Porém, na casa estaria a mãe do adolescente e outros menores. A arma é da família e a polícia quer saber se o adolescente teve facilidade em pegar a arma.

“Até o pais podem responder criminalmente por omissão de cautela. Não se sabe se é legalizada também. A mãe falou que a criança tinha dois dentinhos e o tiro foi no rosto, na altura da boca. Acabaram enterrando no local mesmo”, acrescentou.

Soares afirmou para a família que o corpo do bebê deveria ter sido levado para cidade para exames cadavéricos, mas os pais contaram que preferiram enterrar no local.

“Moram a cinco horas de distância de Tarauacá, subindo pelo Rio Muru. É a primeira vez, em 24 anos de atividade policial, que vejo um caso assim. Tanto pela pouca idade da vítima, como pela forma como foi morta e, ainda mais, por um primo e ele dizendo que essa voz dizia que tinha que matar”, lamentou.

O delegado falou que deve ouvir ainda os pais do adolescente e outros moradores da casa. “Tudo indica que foi um homicídio com dolo, mas vai ficar a critério do promotor pedir a internação ou não [do menor]. É uma situação complicada, tenho que ouvir, saber a real situação e, no caso, posso até pedir a internação e saber se ele tem alguma deficiência mental ou não”, concluiu.

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