Apenas quatro policiais fazem segurança de toda área central de Cruzeiro do Sul
Efeito dominó

Basta acompanharmos um efeito dominó em ação para vermos que tudo é suscetível a um toque. E o toque seja ele em algo ou alguém nos leva para uma série de acontecimentos que acabam desencadeando outras e mais outras coisas.
O efeito dominó desse texto surgiu depois que, o professor Jorge Crim, de 62 anos e que é cadeirante teve que passar pela humilhação de subir sentado a escada da agência do INSS, no Centro do Rio porque o elevador do prédio estava enguiçado. No entanto, após a incrível repercussão de mais esse descaso público vieram à tona outras e mais outras situações relatando o quanto a falta de acessibilidade ainda é uma ferida profunda em nosso país.
Voltar a tocar nesse profundo hematoma brasileiro é bem estressante, sabe? Porque, toda a sociedade sabe da importância de ter acessibilidade, porém, a minoria das minorias cria e respeita. Aqui, em Cruzeiro do Sul, por exemplo, por mais que eu e outras pessoas tenhamos feito diversas reivindicações ainda existem muitas lojas, restaurantes, pontos turísticos, órgãos públicos e privados que não disponibilizam acessibilidade nem sensibilidade sobre a questão. Por essa razão, eu evito ir a muitos lugares, mas, às vezes, não tem como fugir. Então, nessas vezes, quando a cadeira de rodas não vai de jeito nenhum tenho que contar com ajuda de colos, os quais agradecem por eu ser magra.
Mediante a isso, dentre tantas possibilidades de enxergar a vida podemos vê-la como um altivo efeito dominó. Um efeito que uma hora ou outra vai afetar todo mundo bem como a necessidade de acessibilidade. Porque, se você parar para pensar verá que quando eu e outras pessoas com deficiência clamamos por acessibilidade, de certa maneira estamos preparando o mundo para o seu dia de amanhã ou para a sua velhice. Portanto, cultive e respeite a acessibilidade por nós e por você.
Por: Ritinha Andrade
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